Em Busca da Modernidade??? - Setembro/2019
Meus amigos e amigas, nesse início de semana, compartilho uma reflexão com vocês:
EM BUSCA DA MODERNIDADE???
Vivemos tempos difíceis na sociedade brasileira, principalmente, com a polarização de pensamentos ideológicos e costumes.
Com muita frequência, nas redes sociais o contraditório é debatido através de ataques e agressões, contribuindo cada vez mais com o aumento da violência.
Em grande parte, as manifestações na internet são superficiais, desprovidas da intenção de buscar reflexões que possam aprimorar o conhecimento e mudar a maneira de pensar e agir das pessoas para melhor, avançando para uma sociedade mais justa e humana.
Os valores e os princípios cristãos estão sofrendo uma inversão quando, para muitos, buscar o convívio e a proteção familiar passou a ser brega, e optar por ser políticamente correto está fora de moda e ultrapassado.
Alguns defendem que inovar somente é possível através do “novo”, sem considerar o que já foi construído com muita luta e o enfrentamento do “sistema”, ou seja, das velhas e atrasadas atitudes.
Nunca se acreditou tanto nos ”salvadores da pátria”, principalmente naqueles que se apresentam “maquiados” com discursos bonitos e extremamente promissores de um mundo melhor.
Caráter não escolhe sexo, raça e opção religiosa e sexual. Competência e capacidade de realização devem estar diretamente relacionadas ao conhecimento e a experiência, revertidas em atitude e entregas a sociedade.
Cada um de nós somos responsáveis pelas escolhas que fazemos na vida e as consequências podem ser sentidas por muitos.
Não devemos temer desafios desde que a construção de mecanismos para enfrentá-los seja feita com equilíbrio e sabedoria em prol do interesse coletivo.
Ricardo Chiabai
(Leia mais)Mudança é para os outros - Coluna Opinião do jornal A Gazeta
Mudança é para os outros
“Para boa parte das pessoas não existe interesse genuíno em abrir mão de nada por um país melhor”
Por Martha Zouain*
Tenho acompanhado algumas mudanças propostas pelo governo e o impacto destas nos diferentes tipos de perfis na nossa cultura. É claro que pessoas diferentes tendem a reagir diferente, mas, o que mais tenho observado, é um tipo específico que pode ser a nossa principal razão para um país tão próspero em oportunidades e com resultados tão limitados.
A exemplo da reforma da Previdência, nossa única saída para começar a crescer, é quase que uma unanimidade o posicionamento para a mudança, mas, desde que não altere em nada o rumo da própria aposentadoria. Para boa parte das pessoas, não existe interesse genuíno em abrir mão de nada por um país melhor e mais sustentável. Pessoas estão abertas a mudanças, mas não estão abertas a mudar e menos ainda a abrir mão de nenhum benefício que já possa ter conquistado.
Levantamos bandeiras e cartazes para cobrar um país melhor e esquecemos que somos contribuintes diários de exemplos do que não praticar. Precisamos ser coerentes ao aceitar perder para construir, sofrer para conquistar. O sucesso e prosperidade sempre serão frutos de muito esforço, foco e determinação. Por pior que o cenário se configure, não é negociável jogar sujo ou transgredir.
Desde cedo, pela educação que recebi, entendi que o futuro não é um lugar que está pronto e caminhamos em direção a ele. Aprendi que o futuro é um lugar que construímos dia após dia, com nossas ações do presente. Se nós apoiamos na neurociência para entender, fica muito claro que é a qualidade do pensamento que nos permite transformar e criar a vida que desejamos experimentar. É através do pensamento que se chega à ação. A mesma ação que pode mudar o mundo ou torna-lo um lugar pior.
É aí que mora o segredo. Para dar certo precisamos de um cenário de transparência e confiança, com crianças educadas por adultos coerentes e íntegros, que acreditam que de fato todo processo de mudança começa inevitavelmente pela mudança de nós mesmos. Projetar o problema no outro traz conforto pessoal, mas não muda um país.
Publicado em Coluna Opinião do jornal A Gazeta de 24 de junho de 2019A Gazeta de 24/06/2019
(Leia mais)Mobilidade Ativa - Maio/2019
MOBILIDADE ATIVA
Um dos maiores desafios das grandes cidades atualmente está relacionado à mobilidade, principalmente no que se refere ao trânsito caótico provocado por um crescimento descontrolado de automóveis nas ruas e avenidas dos centros urbanos.
Os especialistas em mobilidade urbana sugerem políticas públicas que estimulem meios alternativos de transporte coletivo e individual não motorizado.
Em decorrência desse fato, cresce o cicloativismo, baseado no modal bicicleta, que luta por mais respeito e direitos aos ciclistas nos espaços públicos. A bike passa a ser, mais do que nunca, um meio de transporte econômico e saudável.
Apesar do número crescente da quantidade de usuários do modal bicicleta como meio de transporte, os ciclistas convivem com a insegurança e a falta de infraestrutura adequada, como ciclovias, ciclofaixas, paraciclos e bicicletários.
Na região metropolitana da Grande Vitória, de acordo com dados estatísticos, é notória a evolução do uso do meio de transporte, embora ainda falte muito para que seja oferecida aos ciclistas uma malha cicloviária que possa interligar origem ao destino através do uso de vias disponíveis.
A Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas – SETOP, através da Subsecretaria de Estado Mobilidade Urbana, está mapeando as rotas mais favoráveis para o uso das bicicletas na Grande Vitória, tendo como eixo norteador a segurança e o conforto dos usuários, localizando vias de menor trânsito de automóveis, baixa declividade, maior arborização, entre outros aspectos.
O objetivo principal é incentivar uma nova cultura na população, na qual os modais de transportes não motorizados possam ter prioridade sobre os motorizados, bem como os coletivos sobre os individuais.
Nesse sentido, temos que priorizar intervenções, no viário das cidades, que possam ser atrativas para aumentar os deslocamentos por bicicleta na Grande Vitória.
Ricardo Chiabai
Subsecretário de Estado de Mobilidade Urbana
(Leia mais)Aparelhamento de cargos comissionados
Cargos comissionados não podem ser usados como moeda de troca entre poderes, por motivação político-eleitoral.
Por Ricardo Chiabai *
Está crescendo na sociedade brasileira o sentimento de que é preciso mudar a forma de ingresso no setor público através de cargos comissionados. Não podem mais serem utilizados como moeda de troca entre os poderes constituídos, através de motivação meramente político-eleitoral, sem exigir qualificação e expertise nas funções para os quais são designados, além da necessidade da redução dos números contratados.
As estruturas funcionais pesadas na iniciativa privada estão ruindo e, no poder público, não será diferente. Diante da atual crise econômica e da evolução da tecnologia no mundo, as relações entre mercado e trabalho estão mudando rapidamente já há algum tempo. Está passando da hora de se repensar o papel do Estado como um todo perante a nova ordem econômica que vivemos. O Estado não pode continuar absorvendo mão de obra que deve ser direcionada para a iniciativa privada.
A grande maioria dessas vagas estão sendo utilizadas para a realização de funções de complexidade reduzida que não justificam a utilização de cargos comissionados, além de ocuparem posições que deveriam ser de responsabilidade dos quadros efetivos. É muito comum casos em que as indicações políticas atuam em funções para as quais as prefeituras realizaram concurso público e que não houve convocação dos candidatos aprovados.
Essas indicações políticas levam a contratações sem considerar os critérios de qualificação dos ocupantes dos cargos e o interesse público, comprometendo a qualidade dos serviços prestados à sociedade, aumentando os gastos com pessoal e reduzindo a capacidade de realização de obras e serviços, principalmente, das prefeituras.
Os cargos comissionados devem ser destinados somente às funções de primeiro escalão, direção e gerência, e serem preenchidos através de critérios de competência e não meramente indicações político-eleitorais. Deve haver uma redução drástica nessas contratações, pois o inchaço da máquina pública tem contribuído muito com a sua ineficiência e ineficácia e poderá, em pouco tempo, leva a sua falência.
Os recursos economizados na diminuição de cargos comissionados poderão ser utilizados, também, na melhor capacitação e valorização dos servidores efetivos que não serão substituídos sempre que acaba uma gestão e começa outra, evitando a descontinuidade na administração pública.
Publicado em A Gazeta de 12/09/2017
*é vereador e funcionário público
(Leia mais)O espírito público
Por Ricardo Chiabai*
Estamos vivendo tempos difíceis de crise econômica e, principalmente, de crise ética e moral, nas quais uma influência diretamente a outra. A sociedade brasileira está estarrecida diante de tantos escândalos de corrupção envolvendo políticos e empresários. O povo clama por justiça e mudanças no país.
Acredito e defendo que um novo cenário só será possível com mudanças de comportamento, principalmente por parte do homem público e de grande parte da sociedade. O homem público, seja ele legislador, gestor, magistrado, delegado, servidor municipal, estadual ou federal, dentre outros, deverá resgatar o “espírito público”, que interpreto como sendo a consciência de que foi eleito, nomeado ou concursado para servir ao “interesse público”.
Se os eu objetivo for ter uma vida de milionário, terá que conquistar essa condição na iniciativa privada,submetendo-se à concorrência e aos riscos inerentes. Cabe ao homem público a estabilidade e um padrão de vida com dignidade.
Por outro lado, grande parte da sociedade deverá resgatar o “espírito coletivo”, o qual defino como o abandono do individualismo extremo em que lamentavelmente vivemos nos dias atuais, pensando um pouco mais nas necessidades do outro e no “interesse coletivo”.
Deve deixar de ter interesse somente naquilo que acontece na porta da sua moradia para dentro e passar a se interessar mais pelo que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua cidade, no seu país e no resto do mundo.
Isso só será possível se sair da sua zona de conforto e do campo da mera crítica e da reclamação, começando a participar mais enquanto cidadão, além de fiscalizar e contribuir com os mandatos dos seus representantes políticos.
É importante lembrar que os políticos não se submetem a concurso público, mas são escolhidos através do voto popular, portanto, devemos ser responsáveis por todas as escolhas que fazemos na vida, principalmente essa.
Estamos diante de uma grande oportunidade perante esta crise ética e moral que assola o nosso país: mudar o comportamento, passando a ter mais atitude e promovendo as mudanças que desejamos.
Estamos nos aproximando de mais um ano eleitoral e não existe instrumento mais eficiente e eficaz contra político corrupto e/ou incompetente do que a urna eletrônica, desde que devidamente utilizada. Temos que nos unir na busca de uma sociedade mais justa e humana.
* Arquiteto e vereador reeleito para seu segundo mandato por Vila Velha
Publicado em A Gazeta de 26/05/2017
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