12

Os grandes congestionamentos que motoristas enfrentam durante a semana nas principais vias da Grande Vitória pode melhorar com a ajuda de pelo menos 81,5% da população. Isso porque, uma pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) aponta que essa porcentagem da população está disposta a deixar o veículo em casa e utilizar ônibus desde que eles sejam seguros, confortáveis e pontuais.

A pesquisa tem o intuito de ajudar na melhoria da mobilidade urbana da região metropolitana. Outro dado indica que 58,75% dos entrevistados iriam trabalhar de bicicletas se as ciclovias fossem bem feitas e seguras. 72,75% apoiariam a criação de uma faixa exclusiva para motoristas que dão carona e 44% aceitariam até mesmo mudar o horário de trabalho para fugir dos engarrafamentos.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Lucas Izoton, a pesquisa mostra que a população está disposta a ajudar qualquer projeto que venha para melhorar os problemas dos grandes centros urbanos. Agora, basta apenas, segundo Lucas, o poder público se articular com o privado para tomarem as devidas providências.

"Essas pesquisa trás boas notícias. Ela mostra que as mudanças nos centros urbanos não acontecem somente no trânsito, no alargamento de avenidas e construções de viadutos. Passam também por mudanças de hábitos. A população diz o seguinte: eu aceito mudar meus hábitos se me derem condições adequadas. Isso é um bom início para melhorar o trânsito na Grande Vitória", disse Izoton.

A pesquisa aponta ainda um dado interessante. 52,50% aceitaria mudar da Grande Vitória para uma região do Estado onde houvesse mais oportunidade de emprego e mais qualidade de vida. O presidente da Findes explicou que é preciso promover ações para que o desenvolvimento se expanda pelo interior, fazendo com que a população possa se mudar para estes lugares.

"É preciso levar desenvolvimento para o interior do Estado para que a população da Grande Vitória tenha condições de se mudar, fazendo com que esse inchaço, essa concentração de veículos possa ser reduzida. Não dá para ter qualidade de vida com esse trânsito caótico que nós temos", afirma Lucas.

A pesquisa realizada pelo Instituto Flex Consult mostrou ainda 75,75% da população não é a favor da criação da Contribuição Social para a Saúde - CSS, que será descontada dos cheques e movimentações financeiras (semelhante à CPMF) e foi aprovada em primeira votação pela Câmara Federal.

Fonte: Gazeta Online (Letícia Cardoso - Redação Gazeta Rádios e Internet)-18/07/2008

(Leia mais)

12

Parabéns a nova diretoria da ADEMI-ES pela organização do Salão do Imóvel 2009, realizado no Pavilhão de Exposições de Carapina, na Serra. Foi uma honra ter participado do debate sobre Mobilidade Urbana, juntamente com outros colegas secretários de Desenvolvimento Urbano da Grande Vitória. Louvável a preocupação do setor do Mercado Imobiliário com um tema de grande importância para as nossas cidades.

Mobilidade Urbana é a interação entre os deslocamentos das pessoas e bens com a cidade. Muitas atividades importantes são desenvolvidas nas cidades, mas eu destaco três delas como as mais importantes: morar, trabalhar e circular. Apesar do tema tratar da circulação nas cidades, deve haver uma sintonia fina entre essas atividades como garantia de um espaço urbano mais humano e justo.

Os Planos Diretores têm uma tendência a dar mais importância às questões edilícias, do que os aspectos que envolvem a Mobilidade Urbana. Isso tem acarretado uma série de impactos negativos na circulação das cidades, principalmente no trânsito, resultando deslocamentos desnecessários e engarrafamentos.

Vila Velha tem uma vocação para empreendimentos voltados para a área residencial e uma grande demanda de imóveis comerciais e de serviços, principalmente, salas comerciais. Isso faz com que um profissional autônomo, que mora na cidade e queira abrir o seu própro negócio na mesma, por não ter opção de sala para se estabelecer, se instale numa cidade vizinha para atender aos seus clientes que, muitas vezes, moram em Vila Velha. O resultado dessa situação são os deslocamentos desnecessários que provocam os grandes engarrafamentos, principalmente na Terceira Ponte.

Desenvolvimento Urbano deve estar associado à preocupação com Mobilidade Urbana. Se não houver planejamento neste sentido, corremos o risco de ver nossas cidades crescerem, mas não desenvolverem.

Neste sentido, através de uma parceria com a ASSEVILA – Associação dos Empresários de Vila Velha, o nosso município dispõe hoje de um “Mater Plan Viário” - uma proposta de um plano viário para toda a cidade, em sintonia com a proposta do Governo do Estado de criação do “Corredor de Ônibus” que, na minha opinião, é a melhor alternativa, na relação custo benefício, para o transporte coletivo da Grande Vitória.

Os maiores investimentos previstos e em andamento para Vila Velha estão na área de Mobilidade Urbana, com recursos provenientes, principalmente, do Governo do Estado. São quase R$ 300 milhões em investimentos na melhoria da logística do nosso sistema viário, que tornará a nossa cidade mais atrativa para os grandes investimentos do setor privado.

Mobilidade Urbana não é só trânsito e transporte coletivo. As ciclovias são uma alternativa de baixo custo e saudável. No próximo ano devemos concluir um “Anel Cicloviário” em torno da cidade, com mais de 40 km. Muitos investimentos estão previstos, visando a acessibilidade nas calçadas, sendo o principal, em andamento nas avenidas Jerônimo Monteiro e Champagnat, com conclusão prevista para o início do ano que vem.

Mobilidade Urbana é um dos maiores desafios do gestor de uma cidade. Não existe solução única e mágica para os problemas de circulação na mesma. A somatória de diversas ações - com mudanças estruturais e apoio da sociedade - trará bons resultados para a Mobilidade Urbana e, consequentemente, qualidade e vida.

Ricardo Chiabai

Arquiteto e Secretário de Desenvolvimento Urbano de Vila Velha

Salão do Imóvel - 2009 -

(Leia mais)

 

Páginas: 1 ... 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14