Chiabai participa da Conferência Nacional do PPS em Brasilia

Chiabai participa da Conferência Nacional do PPS em Brasilia

O Diretório Nacional do PPS aprovou, no último sábado (13), a fusão do partido com o PMN. Os passos legais para a união das duas siglas serão tomados na próxima quarta-feira, dia 17, em congressos extraordinários em Brasília. O processo, que já vinha sendo costurado há anos, foi antecipado em virtude de um golpe engendrado pelo governo do PT para impedir a criação de novos partidos. O congresso extraordinário do PPS acontece a partir das 10h da próxima quarta-feira, no San Marco Hotel.

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), explicou que a nova formação política iniciada com a decisão não se restringe apenas fusão com o PMN. "Estamos convocando esse congresso para empreendermos uma fusão com o PMN e ou outra sigla, o que nos garante um plano B", explicou Freire, na reunião do Diretório Nacional. Com a tentativa de golpe representada pela votação no Congresso, na próxima semana, da urgência do projeto que quer impedir a formação de novos partidos, Freire disse que não há mais tempo a perder.

"Não vamos seguir aquilo que o Palácio do Planalto quer que sigamos; vamos decidir antes que o governo o faça por nós, vamos construir nossa alternativa a este projeto político que está no poder", salientou o presidente do PPS. Ele lembrou que a ex-ministra Marina Silva e o deputado Paulo Pereira da Silva também estão empenhados em erguer suas próprias estruturas e as normas não podem ser mudadas ao longo do jogo, como quer fazer o governo. Freire comparou a fusão com a mudança do PCB para PPS. "Só que naquela época foi dolorido; não nascemos numa festa". Ele lembrou que o Partido Comunista Italiano havia mudado um ano antes do PCB com o intuito de se ampliar, como foi o caso também do PPS.

Segundo o secretário-geral do PPS e líder do partido na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), o protocolo oficial da nova sigla, que nasce com o objetivo de construir uma nova alternativa política para o Brasil, pode ser feito ainda na próxima quarta-feira, após o congresso extraordinário dos dois partidos. "Temos experiência na luta contra golpes e ninguém que se inspira em ditaduras vai nos pegar desprevenidos", disse, num recado direto ao Palácio do Planalto.

Já o deputado federal Arnaldo Jardim, um dos articuladores da fusão, resumiu da seguinte maneira a movimentação do PPS no tabuleiro da política nacional: "Se seguirmos a polarização atual PT x PSDB, a disputa está decidida em 2014 (a favor do PT). Podemos ter a ousadia e a pretensão de ser o sal da terra".

O PPS elegeu, em 2012, 120 prefeitos e 1862 vereadores em todo o país. Na Câmara Federal, são 11 deputados. Já no Espírito Santo, são 2 prefeitos e 40 vereadores, sendo 5 na Grande Vitória. Para o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que também é coordenador do evento, o encontro é importante para que o partido, que começou a governar cidades como a capital do Espírito Santo, Vitória, com Luciano Rezende, apresente seu projeto de administração local. “É preciso que apresentemos um novo olhar na gestão de políticas públicas, sem repetir os erros da velha política, que devem urgentemente ser abandonados. É um grande desafio, mas o partido está ciente dessa missão”, declarou Jordy.

O vereador de Vila Velha no ES, Ricardo Chiabai (PPS) participou do evento e avalia como positivo o e encontro. ‘’O PPS vive um novo momento em nosso estado e também no país. Hoje, com duas grandes cidades da região metropolitana sendo administradas pela sigla e com 40 vereadores em todo o estado, o partido se encontra mais fortalecido’’, avalia Chiabai.

Marina
A ex-senadora e ex-candidata à presidência da República, Marina Silva, elogiou a iniciativa do PPS de reunir partidos para discutir uma nova agenda política para o Brasil. A declaração foi dada na sexta-feira (12) por meio de vídeo gravado e exibido para os participantes da Conferência Nacional do PPS. "Considero de suma importância a possibilidade desta discussão envolvendo os diversos segmentos da sociedade, inclusive com a participação de outros partidos e de lideranças de campos diferentes", afirmou Marina, que não pode participar pessoalmente do evento do PPS, já que estava em um evento em Londres.

Marina Silva, que está em processo de criação do partido político batizado de Rede Sustentabilidade, acrescentou que estamos vivendo uma crise política. E que é parceira do PPS na construção de uma modelo de desenvolvimento sustentável para o país.

"O Brasil está precisando fazer um processo para sairmos da estagnação política em que estamos enredados. Isso será possível se pensarmos uma agenda de desenvolvimento sustentável, entendendo sustentabilidade não apenas como modo de fazer, mas como modo de ser, com uma visão de mundo, de país e como estar num mundo em crise econômica, política e ambiental", disse. A ex-senadora acredita que as lideranças precisam despertar nas pessoas o reencantamento para a política.

"Boa parte dos processos se transformou na ideia de poder pelo poder", completou. Marina disse ainda que no PPS há "abertura" para se atravessar este processo conjuntamente.

 

FONTE: Jornal O Progresso

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